Pensada para ser uma narrativa que se deseja contar, nesta exposição cruzam-se imagens e títulos que se entretecem e querem sugerir um imaginário que se constrói a partir de uma emoção, de uma memória que se reinterpreta, de um acontecimento do quotidiano cujo desfecho não se conhece.

Em jeito de registo diarístico de emoções e vivências, de interrogação sobre o sentido da vida e sobre a perda, as obras maioritariamente realizadas em 2022, não deixam, no entanto, de assumir também uma perspetiva intencional de trazer preocupações como as desigualdades que teimam em manter-se ou o interesse individual que se sobrepõe à dimensão social e à qualidade de vida dos cidadãos.

Diário que se desenha, se insinua e define um percurso em interação entre o mundo do eu e outros mundos.

Folha de sala da exposição “Diário”, Associação 25 de Abril, 2023.