Pensada para ser uma narrativa que se deseja contar, nesta exposição cruzam-se imagens e títulos que se entretecem, tendo como ponto de partida a memória, a ancestralidade que nos conduz ao presente, a reflexão sobre quem somos, as nossas raízes, a nossa identidade e personalidade.

Esta mostra, com um cunho autobiográfico, reflete em torno do problema da existência humana, explorando os seus limites, da beleza à intensidade por vezes visceral dessa experiência de ser pessoa. Nas obras da artista surgem temas como as relações de poder, a fragilidade, a dor existencial, a infância, a esperança e o sentido da vida.

Os autorretratos de Sara Miguel não são retratos da sua aparência física. Poderíamos defini-los como análises psicanalíticas ou a exploração através do desenho e da pintura de determinado estado emocional, memória, ou como configurações de problemáticas contemporâneas.

Folha de sala da exposição “Autorrepresentações: Linhas, formas e cores”, Galeria da Biblioteca Municipal de Leiria, 2024.